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Panorama da produção e do consumo de carne no mundo

Panorama da produção e do consumo de carne no mundo

O Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking dos países que mais consomem carne bovina no mundo, segunda posição no ranking dos maiores produtores, e é o maior exportador de carne bovina no mundo. Conforme projeções da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, estima-se 242 milhões de cabeças para o ano de 2024. O país ocupa a segunda posição no mercado internacional de carnes, sendo responsável por 18% da produção mundial, ficando atrás somente do Estados Unidos (20%).

Dados do IBGE demonstra a existência de aproximadamente 2.5 milhões de estabelecimentos rurais dedicados a atividade da pecuária no Brasil . São cerca de 154 milhões de hectares de pastagens no território nacional.

O setor representou em 2023 6% do PIB brasileiro. Segundo a ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, em 2022, a cadeia produtiva do agronegócio da pecuária de corte movimentou R$ 159,31 bilhões para a cadeia de insumos e serviços, a pecuária R$ 241,38 bilhões, e o faturamento dos frigoríficos em 250,56 bilhões.

O Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking dos países que mais consomem carne bovina no mundo, segunda posição no ranking dos maiores produtores, e é o maior exportador de carne bovina no mundo. Conforme projeções da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, estima-se 242 milhões de cabeças para o ano de 2024. O país ocupa a segunda posição no mercado internacional de carnes, sendo responsável por 18% da produção mundial, ficando atrás somente do Estados Unidos (20%).

Dados do IBGE demonstra a existência de aproximadamente 2.5 milhões de estabelecimentos rurais dedicados a atividade da pecuária no Brasil . São cerca de 154 milhões de hectares de pastagens no território nacional.

O setor representou em 2023 6% do PIB brasileiro. Segundo a ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, em 2022, a cadeia produtiva do agronegócio da pecuária de corte movimentou R$ 159,31 bilhões para a cadeia de insumos e serviços, a pecuária R$ 241,38 bilhões, e o faturamento dos frigoríficos em 250,56 bilhões.

1. O Mercado da Carne

1. O Mercado da Carne

Maiores produtores de Carne Bovina do Mundo (2022*)

Produção em milhões de toneladas por ano (inclui carne de Búfalo)

*Valores estimados 

Fonte: FAO – Food and Agriculture Organization, 2022

Top 10 países que mais consomem carne

(Valor em kg/per capita/ano)

Fonte: OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 2022

Produção, exportação e mercado interno da carne bovina brasileira

O Brasil é o maior exportador global de carne bovina (ABIEC, 2022). O setor de carnes – incluindo a de aves, suína e a bovina – é o segundo complexo de produtos mais exportado pelo agronegócio brasileiro, atrás apenas da soja (SOENDEGAARD et al., 2021).

Entre os principais destinos da carne bovina estão: China, Estados Unidos, Egito, Hong Kong, União Europeia e Chile, que juntos representam mais de 70% das exportações em 2022 (ABIEC, 2023).

Apesar da importância da carne bovina na balança comercial do país, a maior parte da produção é absorvida pelo mercado interno, como demonstra o gráfico.

O Brasil é o maior exportador global de carne bovina (ABIEC, 2022). O setor de carnes – incluindo a de aves, suína e a bovina – é o segundo complexo de produtos mais exportado pelo agronegócio brasileiro, atrás apenas da soja (SOENDEGAARD et al., 2021).

Entre os principais destinos da carne bovina estão: China, Estados Unidos, Egito, Hong Kong, União Europeia e Chile, que juntos representam mais de 70% das exportações em 2022 (ABIEC, 2023).

Apesar da importância da carne bovina na balança comercial do país, a maior parte da produção é absorvida pelo mercado interno, como demonstra o gráfico.

Fonte: ABIEC (2022, 2021, 2020 e 2019)

2. Pecuária e Desmatamento

2. Pecuária e Desmatamento

Mudança de Cobertura e Uso da Terra no Brasil (1985 a 2022)

A mudança de cobertura da terra refere-se à dinâmica de transformação de características físicas e biológicas de determinado território.

Este processo é responsável por diversos efeitos globais e locais, incluindo as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, habitats e serviços ecossistêmicos. Ele está atrelado à mudança de uso da terra, ou seja, alterações na forma em que determinada área está sendo utilizada, ocupada ou gerida pelos seres humanos.

Entre 1985 e 2022, o Brasil perdeu 95,4 milhões de hectares de vegetação nativa, os quais deram lugar a pastagens e cultivos, como mostra o infográfico.

A mudança de cobertura da terra refere-se à dinâmica de transformação de características físicas e biológicas de determinado território.

Este processo é responsável por diversos efeitos globais e locais, incluindo as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, habitats e serviços ecossistêmicos. Ele está atrelado à mudança de uso da terra, ou seja, alterações na forma em que determinada área está sendo utilizada, ocupada ou gerida pelos seres humanos.

Entre 1985 e 2022, o Brasil perdeu 95,4 milhões de hectares de vegetação nativa, os quais deram lugar a pastagens e cultivos, como mostra o infográfico.

Pecuária e Desmatamento

Amazônia e Cerrado foram os biomas que mais sofreram alterações nos últimos anos em relação ao uso do solo. Entre 2000 e 2022, 95,2% das áreas derrubadas de florestas no Brasil se concentraram nesses biomas (MAPBIOMAS, 2024).

A Amazônia Legal é a principal fronteira agropecuária do país, apresentando os maiores índices de crescimento do rebanho brasileiro (IBGE, 2022). Nas últimas duas décadas a área ocupada por pastagens aumentou em 53,5% nesta região. Lá, bem como em outras regiões brasileiras, as taxas de produtividade das pastagens são baixas assim como suas taxas de lotação – o número de animais que vivem a cada hectare.

Amazônia e Cerrado foram os biomas que mais sofreram alterações nos últimos anos em relação ao uso do solo. Entre 2000 e 2022, 95,2% das áreas derrubadas de florestas no Brasil se concentraram nesses biomas (MAPBIOMAS, 2024).

A Amazônia Legal é a principal fronteira agropecuária do país, apresentando os maiores índices de crescimento do rebanho brasileiro (IBGE, 2022). Nas últimas duas décadas a área ocupada por pastagens aumentou em 53,5% nesta região. Lá, bem como em outras regiões brasileiras, as taxas de produtividade das pastagens são baixas assim como suas taxas de lotação – o número de animais que vivem a cada hectare.

Pontos vermelhos: transições de cobertura florestal ou áreas naturais não florestais para agropecuária ou áreas não vegetadas.

Fonte: Mapbiomas v.7.1, 2022

Desmatamento Amazônia 

Neste período, houve a perda de 7,63% da cobertura florestal do bioma Amazônia ou 27,22 milhões de hectares. Desse total, 76,7% virou pasto e 22,7% agricultura. No total, 78,88% da área abrangida por esse bioma permanece com cobertura florestal, enquanto 15,5% estão ocupados por atividades agropecuárias

Desmatamento no Cerrado

Neste período houve a perda de 15,4% de vegetação nativa do bioma Cerrado. No total, 40,59% da área abrangida pelo bioma permanece com vegetação nativa enquanto 50,14% desta está ocupada por atividades agropecuárias.

Requisitos básicos para uma produção consciente

Respeitar e cumprir o Código Florestal

Respeitar e cumprir o Código Florestal

Inscrever a propriedade no Cadastro Ambiental Rural

Inscrever a propriedade no Cadastro Ambiental Rural

Manter protegida a vegetação em Áreas de Preservação Permanente

Manter protegida a vegetação em Áreas de Preservação Permanente

Conservar a vegetação nativa em área de Reserva Legal de acordo com os percentuais exigidos por lei

Conservar a vegetação nativa em área de Reserva Legal de acordo com os percentuais exigidos por lei

Adotar ferramentas para o monitoramento das propriedades de fornecedores

Adotar ferramentas para o monitoramento das propriedades de fornecedores

3. Pecuária e Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE)

3. Pecuária e Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE)

No ano de 2022, a agropecuária brasileira teve as maiores emissões da série histórica: 617 milhões de toneladas, contra 598 milhões em 2021. Fonte: SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), 2024.

No ano de 2022, a agropecuária brasileira teve as maiores emissões da série histórica: 617 milhões de toneladas, contra 598 milhões em 2021. Fonte: SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), 2024.

Fonte: SEEG – Sistema de Estimativa de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, Observatório do Clima

A maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil é a mudança de uso da terra que se dá via desmatamento e queimadas. Grande parte dessa mudança destina-se ao estabelecimento de pastagens para a criação de gado.

Entenda: Para padronizar, o potencial de aquecimento dos GEEs é medido através de uma mesma unidade de medida, chamada de CO2 equivalente (CO2 e).

A maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil é a mudança de uso da terra que se dá via desmatamento e queimadas. Grande parte dessa mudança destina-se ao estabelecimento de pastagens para a criação de gado.

Entenda: Para padronizar, o potencial de aquecimento dos GEEs é medido através de uma mesma unidade de medida, chamada de CO2 equivalente (CO2 e).

As emissões de gás metano (CH4) na atmosfera têm sido alvo de atenção e preocupação em vista do seu potencial de contribuição para o efeito estufa. Apesar de ser um gás que se mantém por menos tempo na atmosfera, o metano possui um potencial de aquecimento atmosférico vinte e uma vezes maior que o dióxido de carbono (CO2).

Sua produção está principalmente associada à criação de gado, sendo decorrente de processos dos animais que liberam metano, conforme ilustra a imagem.

 Do total de emissões de metano decorrentes do processo digestivo dos animais ruminantes, 95% do gás é liberado pela via aérea e 5% é emitido na flatulência e nas fezes.

GEE_V2
Fonte: Sustainable Dairy, 2017
Requisitos básicos para uma produção consciente
 
  • Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) – retém mais carbono e neutraliza o metano entérico (exalado pelos animais)
  • Alterações na nutrição animal (inclusão de aditivos na dieta bovina que melhoram a sua digestibilidade) – menores emissões de metano pelos animais
  • Manejo rotacionado das pastagens em que a alta produtividade de pastagem aumenta o sequestro de carbono para fixação no solo.
  • Recuperação e reforma de pastagem
  • Menor tempo de permanência dos animais no sistema de produção (abate precoce) reduzindo significativamente os volumes de metano emitidos pelo animal
  • Manejo de pastagens para melhor fixação do carbono no solo
  • Adequação da capacidade de suporte e taxa de lotação, evitando o aparecimento de processos erosivos no solo.
  • Práticas de bem estar animal
  • Identificação individual dos animais